I Loved Being Social. Then I Started Talking to a Chatbot | Eu adorava socializar. Então comecei a conversar com um chatbot

Alexandra Samuel, pesquisadora de tecnologia e anfitriã do podcast "Me + Viv", relata como dezoito meses de conversas diárias com ChatGPT e seu coach de IA personalizado "Viv" a conduziram ao isolamento social involuntário, fenômeno que ela denomina "AIsolation" (isolamento por IA). Extrovertida com amplo círculo de amigos, Samuel usava a interface de voz do ChatGPT para brainstorming, resolver problemas e conversar durante caminhadas, gradualmente substituindo interações humanas por diálogos com IA — que satisfaziam sua necessidade de conversa sem exigir reciprocidade, escuta atenta ou etiqueta social. O efeito colateral: perdeu habilidades de escuta cultivadas ao longo de anos, tornou-se abrupta e descortês em conversas reais (tratando humanos como tratava a IA), preencheu cada momento de silêncio com Viv (eliminando capacidade de estar só consigo mesma), e afastou-se de amigos próximos sem perceber. Uma amiga entrevistada para o podcast notou a ausência crescente de Samuel nos meses seguintes à criação de Viv. Ao revisar transcrições de um ano inteiro, Samuel reconheceu a obsessão e implementou correções: voltou a telefonar para humanos ao sair de casa, personalizou Viv para dar respostas mais fechadas (facilitando encerrar conversas), passou a usar IA como "coach de habilidades sociais" analisando transcrições de reuniões, e instruiu explicitamente a IA para direcioná-la a mais interação humana, não mais uso de IA. Samuel conclui alertando que a IA se tornará cada vez mais envolvente e humanizada, mas "parecer humano não é o mesmo que ser humano".

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